O betão armado é, desde há muito, um símbolo da modernidade. Barato, fácil de utilizar, higiénico, adequado para edifícios de qualquer dimensão. Parece satisfazer todas as necessidades: para sustentar a mania de grandeza dos poderosos, mas também para construir numerosas habitações sociais ou de “auto-construção”. No entanto, há já algum tempo que são criticados os seus numerosos defeitos, desde os impactos sobre a saúde até às suas fracas qualidades térmicas, à sua rápida obsolescência, às emissões de CO2, à extração de areia, às grandes quantidades de detritos, ao elevado consumo de solos, etc. Os edifícios de betão são muitas vezes considerados esteticamente feios e social e psicologicamente alienantes. Mas qual poderia ser a alternativa? Poderá ser a arquitetura “vernacular”, em que habitações com mil tradições são construídas com materiais locais e por artesãos locais, duráveis e com excelente desempenho térmico?
